terça-feira, 14 de agosto de 2007

15 de agosto de 2007

1.1 O que caracteriza uma micro ou pequena empresa.
Segundo a lei No 9.841, de 5 de outubro de 1999, segundo capítulo, as micro empresas e empresas de pequeno porte são definidas pela receita bruta anual. As micro são caracterizadas por registro em nome de pessoa jurídica ou firma mercantil individual com receita bruta anual igual ou inferior a duzentos e quarenta e quatro mil reais. A empresa de pequeno porte necessita das mesmas exigências quanto ao registro, mas se diferenciam por conta da receita bruta anual maior que duzentos e quarenta e quatro mil reais, e igual ou inferior a um milhão e duzentos mil reais.
A perda da condição de microempresa ou de empresa de pequeno porte, em decorrência do excesso ou perda de receita bruta, somente ocorrerá se o fato se verificar durante dois anos seguidos ou três anos alternados, dentro de cinco anos.

1.2 Mercado X Planejamento.
Observando o mercado em que atuam essas empresas, se nota um ambiente bastante hostil e instável, comprovado pelos altos índices de falência, que segundo o SEBRAE –Serviço Brasileiro de Atendimento as Empresas- gira em torno de 90% nos cinco primeiros anos. Esse ambiente, atinge as empresas de todos os setores e portes, portanto as estratégias precisam estar constantemente alinhadas com as variáveis mercadológicas. A solução para amenizar ou evitar impactos negativos oriundos dessas mudanças chama-se informações atualizadas e planejamento contínuo.
Um bom exemplo vem de empresas que exploram toda a essência da Amazônia através de artesanatos e cosméticos. Elas inundam os Estados Unidos e Europa com produtos quase exclusivos a peso de ouro, porque perceberam que esse mercado estava carente de um produto exótico de qualidade e contasse uma história, uma lenda. Outro exemplo vem das empresas que comercializam seus produtos eletronicamente, notando um novo canal de distribuição, elas começaram a incomodar as grandes, ganhando mercado e concorrendo de igual para igual. No interior da Bahia, as empresas revendedoras de material para construção civil incomodadas com o cartel das indústrias de cimento, se organizaram e começaram a importar o produto direto da Romênia, conseguindo um melhor preço e forçando os fornecedores brasileiros a reverem suas posições.
Para dar certo, a decisão de expandir o mercado, utilizar novos canais de distribuição e buscar novas alternativas não devem ser tomadas de uma hora para outra. Elas requerem muita informação para análise e um elevado grau de planejamento.
Diante de tais considerações, observa-se a necessidade do empresário se planejar de alguma forma. Há algumas décadas era muito mais simples administrar uma empresa, porque as mudanças eram mais lentas e menos complexas. Hoje a situação é inversa. As mudanças tornam-se cada vez mais velozes e afetam todos os setores da economia. Isso exige capacidade para transformar crises em oportunidades, ou pelo menos sobreviver a elas. Por isso o micro e o pequeno empresário deve se munir de informação e planejar tal qual o grande. O que deve diferencia-los são apenas os recursos e a originalidade do planejador.



1.3 Planejamento estratégico.
Quando se quer alcançar resultados a longo e médio prazo, deve-se planejar. Caso contrário todas as suas ações serão apenas medidas paliativas. Existem dois tipos de planejamento: o informal, que embora responda onde se quer chegar, como e quando, não utiliza nenhuma metodologia específica. O formal se contrapõe porque exige metodologia. Nele se deve dominar técnicas e conceitos. Esse tipo de planejamento envolve a organização como um todo, porque é resultado da soma dos planejamentos de todos os setores da empresa.

“Planejamento estratégico é o processo gerencial de desenvolver e manter uma direção estratégica que alinhe as metas e os recursos da organização com suas mutantes oportunidades do mercado.”

Nessa citação, Kotler afirma que planejar estrategicamente é estar alinhado com o mercado, observando as oportunidades, os resultados, os recursos disponíveis e os objetivos, fazendo das mudanças a chave para o sucesso. O planejamento estratégico é caracterizado por uma analise de dados internos e externos e sua perfeita execução depende de estar atento as nuances desses ambientes. Algumas mudanças são perceptíveis antes mesmo de acontecerem, por isso é importante estar bem informado. A qualidade da informação e da análise é quem determina o rumo do planejamento e algumas vezes do objetivo.
Dentro do planejamento estratégico existem outras subdivisões. A primeira é a tática, que se refere ao planejamento de departamentos específicos dentro da empresa, como marketing ou recursos humanos. A segunda é ainda mais específica ainda, diz respeito às ações internas dos departamentos, dentro do marketing por exemplo podemos ter ações de vendas, propagandas, ações virais, etc..
A integração desses três tipos de planejamento se dá pelo foco nas mudanças e nos objetivos da empresa.. Portanto, a análise das condições ambientais e estratégias mercadológicas envolvem o planejamento de marketing. O resultado desse planejamento é o plano de marketing, um documento escrito que embasa e dá coerência a todas as atividades que ocorrem no nível tático –a cada função de uma empresa-.

1.4 Plano de Marketing.
Seu propósito é estabelecer objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico geral da empresa. Somando os planos de cada departamento: financeiro, marketing, recursos humanos e de produção, teremos o plano estratégico. Portanto, o plano de marketing nada mais é do que o plano de uma célula da empresa.
Sua elaboração deve estar alinhada aos demais setores da empresa e subordinado as diretrizes da direção e aos resultados que pretendem ser atingidos a longo prazo. Logo o planejador em hipótese alguma deve desconhecer ou ignorar as demais partes e funções da empresa, porque todos os demais departamentos são afetados pelo plano de marketing. Suponhamos que seja determinado um elevado patamar de vendas. O departamento de produção talvez vai precisar de novas máquinas, e certamente de mais matérias primas, o de recursos humanos de contratações e treinamentos, e o financeiro por prover capital para todo o plano ser executado. Tudo isso deve estar explicito dentro desse plano, que ainda é subdividido em vários subplanos, chamados planos operacionais.
Esses subplanos são as divisões internas dentro dos planos, nesse caso o de marketing. Dentro dele encontramos o plano de vendas, propaganda, novos produtos e por fim merchandising. Esses planos operacionais de marketing determinam os pormenores de cada atividade. É importante detalhar para deixar bem claro o que se deve fazer, porque esse plano operacional irá subsidiar os próximos passos de todos os departamentos, que resultarão nas ações do plano operacional, que engloba toda a empresa.

1.5 A Importância do Plano de Marketing.
O plano de marketing é de salutar importância para as empresas, já que é fruto de um processo de planejamento. Um plano bem estruturado transforma a inovação, criatividade e a imaginação em lucro.
Para escrevê-lo é preciso estar sempre atento aos detalhes de cada atividade desenvolvida. Na criação de um novo produto por exemplo, deve-se pensar na embalagem, rótulo, marca, garantia, entre outros. Tudo deve ser cuidadosamente colocado no papel para que a empresa aloque e disponibilize os recursos necessários. Dessa maneira, a empresa saberá o que fazer e quando fazer, tomando decisões coerentes baseadas no plano.
O plano de marketing escrito também serve como um roteiro para possíveis comparações no futuro. Através dele pode se repetir a fórmula do sucesso ou entender as falhas e evita-las em futuras ações e planejamentos que tenham um ambiente semelhante.
Sua elaboração é o oposto do improviso, embora algumas vezes ele seja necessário em um mercado tão instável como o nosso. Como necessita de informações constantes e de qualidade , o hábito do planejamento consegue detectar mudanças ambientais, oferecendo novas alternativas de adaptação.

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