quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Cai nu mim caititu!

1. Planejamento para micro e pequenas empresas.

1.1 Caracterizando uma micro ou pequena empresa.
Segundo a lei No 9.841, de 5 de outubro de 1999, segundo capítulo, as micro empresas e empresas de pequeno porte são definidas pela receita bruta anual. As micro são caracterizadas por registro em nome de pessoa jurídica ou firma mercantil individual com receita bruta anual igual ou inferior a duzentos e quarenta e quatro mil reais. A empresa de pequeno porte necessita das mesmas exigências quanto ao registro, mas se diferenciam por conta da receita bruta anual maior que duzentos e quarenta e quatro mil reais, e igual ou inferior a um milhão e duzentos mil reais.
A perda da condição de microempresa ou de empresa de pequeno porte, em decorrência do excesso ou perda de receita bruta, somente ocorrerá se o fato se verificar durante dois anos seguidos ou três anos alternados, dentro de cinco anos.

1.2 Mercado X Planejamento.
Observando o mercado em que atuam essas empresas, se nota um ambiente bastante hostil e instável, comprovado pelos altos índices de falência, que segundo o SEBRAE –Serviço Brasileiro de Atendimento as Empresas- gira em torno de 90% nos cinco primeiros anos. Esse ambiente atinge as empresas de todos os setores e portes, portanto as estratégias precisam estar constantemente alinhadas com as variáveis mercadológicas. A solução para amenizar ou evitar impactos negativos oriundos dessas mudanças chama-se informações atualizadas e planejamento contínuo.
Um bom exemplo vem de empresas que exploram toda a essência da Amazônia através de artesanatos e cosméticos. Elas inundam os Estados Unidos e Europa com produtos quase exclusivos a peso de ouro, porque perceberam que esse mercado estava carente de um produto exótico de qualidade e contasse uma história, uma lenda. Outro exemplo vem das empresas que comercializam seus produtos eletronicamente, notando um novo canal de distribuição, elas começaram a incomodar as grandes, ganhando mercado e concorrendo de igual para igual. No interior da Bahia, as empresas revendedoras de material para construção civil incomodadas com o cartel das indústrias de cimento, se organizaram e começaram a importar o produto direto da Romênia, conseguindo um melhor preço e forçando os fornecedores brasileiros a reverem suas posições.
Para dar certo, a decisão de expandir o mercado, utilizar novos canais de distribuição e buscar novas alternativas não devem ser tomadas de uma hora para outra. Elas requerem muita informação para análise e um elevado grau de planejamento.
Diante de tais considerações, observa-se a necessidade do empresário se planejar de alguma forma. Há algumas décadas era muito mais simples administrar uma empresa, porque as mudanças eram mais lentas e menos complexas. Hoje a situação é inversa. As mudanças tornam-se cada vez mais velozes e afetam todos os setores da economia. Isso exige capacidade para transformar crises em oportunidades, ou pelo menos sobreviver a elas. Por isso o micro e o pequeno empresário deve se munir de informação e planejar tal qual o grande. O que deve diferencia-los são apenas os recursos e a originalidade do planejador.

1.3 Planejamento estratégico.
Quando se quer alcançar resultados a longo e médio prazo, deve-se planejar. Caso contrário todas as suas ações serão apenas medidas paliativas. Existem dois tipos de planejamento: o informal, que embora responda onde se quer chegar, como e quando, não utiliza nenhuma metodologia específica. O formal se contrapõe porque exige metodologia. Nele se deve dominar técnicas e conceitos. Esse tipo de planejamento envolve a organização como um todo, porque é resultado da soma dos planejamentos de todos os setores da empresa.

“Planejamento estratégico é o processo gerencial de desenvolver e manter uma direção estratégica que alinhe as metas e os recursos da organização com suas mutantes oportunidades do mercado.”

Nessa citação, Kotler afirma que planejar estrategicamente é estar alinhado com o mercado, observando as oportunidades, os resultados, os recursos disponíveis e os objetivos, fazendo das mudanças a chave para o sucesso. O planejamento estratégico é caracterizado por uma analise de dados internos e externos e sua perfeita execução depende de estar atento as nuances desses ambientes. Algumas mudanças são perceptíveis antes mesmo de acontecerem, por isso é importante estar bem informado. A qualidade da informação e da análise é quem determina o rumo do planejamento e algumas vezes do objetivo.
Dentro do planejamento estratégico existem outras subdivisões. A primeira é a tática, que se refere ao planejamento de departamentos específicos dentro da empresa, como marketing ou recursos humanos. A segunda é ainda mais específica ainda, diz respeito às ações internas dos departamentos, dentro do marketing por exemplo podemos ter ações de vendas, propagandas, ações virais, etc..
A integração desses três tipos de planejamento se dá pelo foco nas mudanças e nos objetivos da empresa.. Portanto, a análise das condições ambientais e estratégias mercadológicas envolvem o planejamento de marketing. O resultado desse planejamento é o plano de marketing, um documento escrito que embasa e dá coerência a todas as atividades que ocorrem no nível tático –a cada função de uma empresa-.

1.4 Plano de Marketing.
Seu propósito é estabelecer objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico geral da empresa. Somando os planos de cada departamento: financeiro, marketing, recursos humanos e de produção, teremos o plano estratégico. Portanto, o plano de marketing nada mais é do que o plano de uma célula da empresa.
Sua elaboração deve estar alinhada aos demais setores da empresa e subordinado as diretrizes da direção e aos resultados que pretendem ser atingidos a longo prazo. Logo o planejador em hipótese alguma deve desconhecer ou ignorar as demais partes e funções da empresa, porque todos os demais departamentos são afetados pelo plano de marketing. Suponhamos que seja determinado um elevado patamar de vendas. O departamento de produção talvez vai precisar de novas máquinas, e certamente de mais matérias primas, o de recursos humanos de contratações e treinamentos, e o financeiro por prover capital para todo o plano ser executado. Tudo isso deve estar explicito dentro desse plano, que ainda é subdividido em vários subplanos, chamados planos operacionais.
Esses subplanos são as divisões internas dentro dos planos, nesse caso o de marketing. Dentro dele encontramos o plano de vendas, propaganda, novos produtos e por fim merchandising. Esses planos operacionais de marketing determinam os pormenores de cada atividade. É importante detalhar para deixar bem claro o que se deve fazer, porque esse plano operacional irá subsidiar os próximos passos de todos os departamentos, que resultarão nas ações do plano operacional, que engloba toda a empresa.


1.5 A Importância do Plano de Marketing.
O plano de marketing é de salutar importância para as empresas, já que é fruto de um processo de planejamento. Um plano bem estruturado transforma a inovação, criatividade e a imaginação em lucro.
Para escrevê-lo é preciso estar sempre atento aos detalhes de cada atividade desenvolvida. Na criação de um novo produto por exemplo, deve-se pensar na embalagem, rótulo, marca, garantia, entre outros. Tudo deve ser cuidadosamente colocado no papel para que a empresa aloque e disponibilize os recursos necessários. Dessa maneira, a empresa saberá o que fazer e quando fazer, tomando decisões coerentes baseadas no plano.
O plano de marketing escrito também serve como um roteiro para possíveis comparações no futuro. Através dele pode se repetir a fórmula do sucesso ou entender as falhas e evita-las em futuras ações e planejamentos que tenham um ambiente semelhante.
Sua elaboração é o oposto do improviso, embora algumas vezes ele seja necessário em um mercado tão instável como o nosso. Como necessita de informações constantes e de qualidade , o hábito do planejamento consegue detectar mudanças ambientais, oferecendo novas alternativas de adaptação.

1.6 Como as empresas estão fazendo planos
Pode-se dizer com convicção: as pequenas empresas não estão fazendo planejamentos formais a médio e longo prazo. Esse tipo de empresário geralmente age por intuição. Ele tem idéia do caminho a seguir e de onde quer chegar, mas não tem nada escrito, logo o risco de se perder no meio do caminho é alto.
Outro problema freqüente é o investimento em uma determinada área sem análise prévia do mercado. De nada adianta dominar o conhecimento de produção se há pouco ou nenhum espaço para o comércio desse produto. O empresário que se destaca age de maneira completamente oposta, aplicando os conceitos do planejamento formal estratégico.
No entanto, a dificuldade maior que o micro e pequeno empresário encontra é a falta de informação. Sem ela não se elabora um plano adequado, além do desconhecimento de técnicas específicas. Logo para iniciar um bom planejamento é necessário conhecimento dos principais itens de um plano de marketing e obter as informações necessárias.
Atualmente existem diversas maneiras de se obtê-las. No mercado há cursos que formam executivos iniciantes, deixando-os aptos para empreenderem, consultores independentes, inúmeros livros sobre o tema, além de sites especializados.
Qualquer informação relevante deve ser contextualizada para o negócio em questão. Como não existe uma padronização para o planejamento, todas as informações devem ser adaptadas para o universo das micro e pequenas empresas. Conforme citado anteriormente, o plano de marketing deve ser adaptado aos recursos e disponibilidades do momento.

1.7 Plano de marketing para micro e pequenas empresas
Um plano de marketing para uma empresa de menor porte é muito menos complexo, isso ocorre pela menor quantidade de variáveis e recursos. Essencialmente, o plano possui os pontos principais do planejamento, todos adaptados a necessidade desse tipo de empresário. Os tópicos de um plano são os seguintes:
Dados externos: determinação de dados favoráveis e desfavoráveis.
Dados internos e externos da empresa e concorrência: pontos fortes e fracos.
Determinação de pressuposições: o que poderá acontecer.
Traçar objetivos e metas.
Estratégias de marketing e orçamento.
Projeção de lucros e perdas.
Controle.

2. Marketing de serviços

2.1 Conceito do MKT:
A área do conhecimento que engloba todas as atividades referentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.
O desafio dos administradores de MKT consiste em entender o consumidor, no sentido de conhecer as suas expectativas antes, durante e após a compra e identificar tanto suas necessidades e desejos como também as satisfações ou insatisfações contraídas pelo consumo dos produtos ou dos serviços vendidos.

O MKT deve ser ajustado às alterações ambientais, como o meio ambiente brasileiro é muito turbulento, exigem-se constantes adaptações de atividades mercadológicas.
Dentro desse contexto, o administrador de MKT deve desenvolver planos que facilitam as vendas no futuro e que tragam lucros para a empresa.
Por tanto, é necessário que desempenhe as seguintes funções:
• Estabelecer objetivos da organização;
• Escolher e estudar o mercado selecionado e verificar as condições de atendê-las;
• Desenvolver o composto mercadológico (produto, preço, distribuição, promoção);
• Implementar o plano;
• Controlar o plano para verificar se está alcançando os objetivos.

2.2 Definição de Serviço: Serviços constituem uma transação realizada por uma empresa ou por um indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de um bem. Entre as várias definições e colocações, destaca-se a de Rathmell. Numa distinção implícita que faz entre bens e serviços, Rathmell considera bem como alguma coisa - um objeto, um artigo, um artefato ou um material – e serviço como um ato, uma ação, um esforço, um desempenho.
A associação Americana de MKT define serviços como “aquelas atividades, vantagens ou mesmo satisfações que são oferecidas à venda ou são proporcionadas em conexão com aa venda de mercadorias”.

2.3 Tipos de Serviço: Os serviços podem ser classificados por grupos de atividades, mas este critério de classificação não esgota o assunto, já que as atividades apresentadas em cada área variam de autor para autor. Segundo a classificação do IBGE, por exemplo, os serviços podem ser:
• Serviços de alojamento a alimentação;
• Serviços de reparação, manutenção e confecção;
• Serviços de higiene pessoal, saunas, termas e fisioterapia;
• Serviços de diversões, radiodifusão e televisão;
• Serviços auxiliares da agricultura e da pecuária, executados aqueles sob contrato;
• Serviços auxiliares da atividade financeira;
• Serviços auxiliares do transporte;
• Serviços técnicos especializados auxiliares à construção e ao estudo e demarcação do solo, incluindo agenciamento e locação de mão-de-obra;
• Serviços de limpeza, higienização, decoração e outros domiciliares, sob encomenda de particulares;
• Serviços pessoais;
• Serviços auxiliares diversos.

Como usar os quatro Ps nas estratégias de Marketing
Como em qualquer programa de MKT, os quatro Os do MKT (produto, preço, distribuição, promoção) devem ser decididos em coerência com os clientes, ambiente e nível da concorrência. Para o MKT de serviços, além desse, devem ser adicionados os quatro Os dos serviços (perfil, processos, procedimentos, pessoas). Portanto, ao desenvolver uma estratégia, o planejador estará, decidindo sobre oito Os a fim de desenvolver táticas de MKT de serviços. Na prática, o planejador e administrador deve incluir no plano uma parte especial, no item “produto”, subitens contendo as táticas com que lidará com os quatro Os dos serviços.

2.4 Marca: O desenvolvimento de marcas para a área é semelhante ao de bens. A marca de preferência deve ser simples, fácil de pronunciar e transmitir o benefício do produto.
Como se desenvolver uma marca com proteção legal?

“geralmente, os passos são os seguintes:

1º fase- criação e elaboração da idéia;
2 fase- busca: indispensável para garantir que não existe outra marca igual ou semelhante na mesma classe;
3º fase- depósito: quando se apresenta formalmente o pedido de registro no INPI, acompanhado de documentos necessários para sua concessão;
4º fase- é quando o INPI determina que o registro de marca é viável ou inviável. Publicada a viabilidade, terceiros podem apresentar oposição caso sintam-se prejudicados. Por outro lado, sua inviabilidade impede temporariamente o registro, devendo aguardar decisão definitiva do INPI;
5º fase – Definição. Nesse momento, o pedido de registro pode ser deferido ou indeferido. É deferido quando nada impede o seu registro.
6º e última fase - Expedição e certificado. Cumpridas estas etapas, o titular da marca deve pagar as taxas para receber o certificado de registro. Seu pagamento implica o arquivamento do processo”

Com o procedimento descrito, obtém-se a marca registrada que tem proteção legal. Os administradores de serviços devem procurar, sempre que possível, registrar a marca de seus serviços para maior proteção, principalmente nesses casos em que é importante existir um conceito por trás do nome, adquirido através dos tempos. O registro tem validade para 10 anos a contar da data de expedição do certificado, podendo ser renovado por prazos iguais e sucessivos. Os interessados devem procurar acompanhar as leis para identificar as mudanças no procedimento descrito, e condições de registro.

2.5 Prestação de Serviços na era Internet
Não resta a menor dúvida de que a Internet tem revolucionado a forma de comercialização do final do século XX. As estatísticas atestam que o crescimento é vertiginoso desde sua utilização no uso doméstico e, progressivamente, tem sido cada vez maior o número de usuários. É fácil perceber a importância da comercialização dos serviços, o crescimento irá continuar e, portanto, torna-se até mesmo uma obrigação do prestador de serviços modernos procurar o caminho da comercialização via WEB.

2.6 Como usar a Internet para Serviços
Utilize um site interessante – Para fazer um bom site é importante que a empresa invista em qualidade e não procure economizar nesse aspecto. De forma interessante, todos os seus serviços, banners, clientes atendidos, perguntas mais freqüentes etc. devem ser incluídas. Lembre-se: os sites mais interessantes serão os mais visitados. E no futuro haverá muitos deles.

Proponha cadastramentos por meio de boletins de informação, pesquisas ou outros – preste serviços pelo site, inclusive incluindo artigos a serem atualizados periodicamente. Crie sempre um modo de contato com o cliente.

Abra o site – mantenha sempre o site atualizado para os clientes perceberem consideração por parte de prestadores de serviços e respeito à clientela.

Atenda reclamações – faça do contato com o cliente uma forma de monitorar o nível de satisfação dos clientes. Atenda reclamações, responda, melhore o canal de comunicação. A grande vantagem da Internet é que ela corresponde à comunicação um a um. Portanto, uma forma útil e avançada de assegurar-se do nível de após-venda.

2.7 Promoção de Vendas
Segundo a Associação Americana de MKT, promoção de vendas abrange as atividades que suplementam vendas pessoais de propaganda, coordenando-as e ajudando a torná-las eficazes, tais como o uso de amostras e exposições, demonstrações e outros esforços que não estejam incluídos na rotina diária. Em um sentido geral, a promoção de vendas inclui vendas pessoais e propaganda e atividades de relações públicas.

A promoção é possível em três diferentes níveis: junto à própria empresa, por meio de intermediários e diretamente com os clientes. Em nível interno, junto a funcionários, as promoções incluem concursos de vendas, programas de treinamento ou até mesmo a confecção de pastas e materiais que ajudam a equipe de vendas a desempenhar seu trabalho melhor. Promoção junto à clientela também são freqüentes no setor. Incluem-se exposições, feiras e amostragem entre outras formas promocionais.

2.8 Newletters ou Boletins informativos

A necessidades de manter contato permanente com os clientes na área de prestação de serviços é atendida através de newsletter ou boletim informativo. A comunicação com os mercados consiste em jornais ou pequenos boletins contendo informações que a empresa deseja transmitir a seus clientes de forma regular.

A remessa destes boletins não deixa de ser uma forma de mala direta. No entanto, o objetivo principal é o de informar, mantendo com isto um contato periódico com o consumidor. Assim, a empresa fortalece sua imagem, utilizando uma maneira simpática de comunicação por meio de um serviço útil de informação. No entanto, o conteúdo do material deve sempre visar o consumidor e suas necessidades de informação, caso contrário o esforço será desperdiçado. O ideal é obter-se assessoria de empresas especializadas em comunicação.
Jornalistas especializados, é possível desenvolver matérias adequadas. Deve-se assegurar da aceitação do material, o que pode ser feito por meio de pesquisa com a utilização do próprio boletim ou jornal.

2.9 Mala Direta

Prestadores de serviços têm utilizado esta mídia para o desenvolvimento de campanhas, vendas ou qualquer outro objetivo. Apresenta a vantagem da possibilidade de um maior controle, acesso mais fácil aos clientes e atenção. É um instrumento flexível e ajustável, seletivo, pessoal e altamente veloz.
Os custos podem ser elevados, conforme o resultado da campanha, mas quando comparados com o custo de uma venda pessoal, podem ser mais baixos.
Com a utilização da mala direta, pode-se manter contato no pós-vendas, informar os clientes, atualizá-los, comunicar novos endereços e novos serviços etc.

2.10 Dificuldades da aplicação do MKT na área de Serviço

A prática do MKT é comum à aceita em vários segmentos da economia brasileira. No entanto, na área de serviços não. As razões são várias: Em primeiro lugar, aparece o problema de definição estreita do MKT. Muita gente confunde com venda pessoal ou propaganda. Por isso, quando pensam em considerar a atividade numa empresa prestadora de serviços, a reação é negativa, pois alguns empresários ainda acreditam que não há lugar para aplicação das ferramentas mercadológicas no seu ramo.
Ainda como problema de aceitação, cita-se a falta de estrutura das empresas. Geralmente, permanecem pequenas por muito tempo por razões diversas e não contratam profissionais especializados, nem expandem sua estrutura.

2.11 MKT Interno

A satisfação dos clientes não será possível se a equipe de colaboradores de uma empresa não trabalhar com motivação. O assunto tem sido objeto de preocupação no setor e despertado atenção de muitos autores, que se referem a função como “marketing interno”.
“Marketing interno é a visão do empregado como cliente e a visão de cargos como produtos e a partir daí um esforço para oferecer um produto interno que satisfaça os desejos e necessidades destes clientes enquanto se procura alcançar os objetivos da organização”.
Leonard Berry dá algumas orientações para se desenvolver um plano de marketing interno numa empresa:
• Considere os candidatos certos ao trabalho – o processo de seleção deve ser cauteloso, procurando detectar aqueles indivíduos mais motivados;
• Desenvolva um programa de treinamento inicial – para quem começa, deve ser desenvolvido um programa de treinamento adequado ao indivíduo, de modo que este obtenha condições essenciais e básicas para o desempenho da atividade;
• Conduza pesquisa junto aos funcionários – desta forma, todo programa e ações podem ser adequados às necessidades dos empregados da empresa;
• Estabeleça um plano de carreira – deve ser desenvolvido um plano de carreira visando a motivação e redução de rotatividade, como, por exemplo, a divisão de um cargo em diversas categorias: júnior, pleno e sênior;
• Estabeleça quotas e prêmios em grupos – ao invés de desenvolver objetivos individuais, é mais é mais eficiente procurar fazê-los em grupos, pois, neste caso, cada funcionário se sentirá motivado a ajudar o outro. Os objetivos podem ser diferenciados por grupos de clientes, departamentos ou seções;
• Treinamento de vendas para todos – como todos estarão envolvidos na venda de serviços e farão parte do processo, é importante envolver todos no treinamento, mesmo secretárias, pessoal de apoio técnico etc.


Bibliografia: Alexandre Luzzi Lãs Casas – Marketing de Serviços - 2º Edição.
Editora Atlas.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

15 de agosto de 2007

1.1 O que caracteriza uma micro ou pequena empresa.
Segundo a lei No 9.841, de 5 de outubro de 1999, segundo capítulo, as micro empresas e empresas de pequeno porte são definidas pela receita bruta anual. As micro são caracterizadas por registro em nome de pessoa jurídica ou firma mercantil individual com receita bruta anual igual ou inferior a duzentos e quarenta e quatro mil reais. A empresa de pequeno porte necessita das mesmas exigências quanto ao registro, mas se diferenciam por conta da receita bruta anual maior que duzentos e quarenta e quatro mil reais, e igual ou inferior a um milhão e duzentos mil reais.
A perda da condição de microempresa ou de empresa de pequeno porte, em decorrência do excesso ou perda de receita bruta, somente ocorrerá se o fato se verificar durante dois anos seguidos ou três anos alternados, dentro de cinco anos.

1.2 Mercado X Planejamento.
Observando o mercado em que atuam essas empresas, se nota um ambiente bastante hostil e instável, comprovado pelos altos índices de falência, que segundo o SEBRAE –Serviço Brasileiro de Atendimento as Empresas- gira em torno de 90% nos cinco primeiros anos. Esse ambiente, atinge as empresas de todos os setores e portes, portanto as estratégias precisam estar constantemente alinhadas com as variáveis mercadológicas. A solução para amenizar ou evitar impactos negativos oriundos dessas mudanças chama-se informações atualizadas e planejamento contínuo.
Um bom exemplo vem de empresas que exploram toda a essência da Amazônia através de artesanatos e cosméticos. Elas inundam os Estados Unidos e Europa com produtos quase exclusivos a peso de ouro, porque perceberam que esse mercado estava carente de um produto exótico de qualidade e contasse uma história, uma lenda. Outro exemplo vem das empresas que comercializam seus produtos eletronicamente, notando um novo canal de distribuição, elas começaram a incomodar as grandes, ganhando mercado e concorrendo de igual para igual. No interior da Bahia, as empresas revendedoras de material para construção civil incomodadas com o cartel das indústrias de cimento, se organizaram e começaram a importar o produto direto da Romênia, conseguindo um melhor preço e forçando os fornecedores brasileiros a reverem suas posições.
Para dar certo, a decisão de expandir o mercado, utilizar novos canais de distribuição e buscar novas alternativas não devem ser tomadas de uma hora para outra. Elas requerem muita informação para análise e um elevado grau de planejamento.
Diante de tais considerações, observa-se a necessidade do empresário se planejar de alguma forma. Há algumas décadas era muito mais simples administrar uma empresa, porque as mudanças eram mais lentas e menos complexas. Hoje a situação é inversa. As mudanças tornam-se cada vez mais velozes e afetam todos os setores da economia. Isso exige capacidade para transformar crises em oportunidades, ou pelo menos sobreviver a elas. Por isso o micro e o pequeno empresário deve se munir de informação e planejar tal qual o grande. O que deve diferencia-los são apenas os recursos e a originalidade do planejador.



1.3 Planejamento estratégico.
Quando se quer alcançar resultados a longo e médio prazo, deve-se planejar. Caso contrário todas as suas ações serão apenas medidas paliativas. Existem dois tipos de planejamento: o informal, que embora responda onde se quer chegar, como e quando, não utiliza nenhuma metodologia específica. O formal se contrapõe porque exige metodologia. Nele se deve dominar técnicas e conceitos. Esse tipo de planejamento envolve a organização como um todo, porque é resultado da soma dos planejamentos de todos os setores da empresa.

“Planejamento estratégico é o processo gerencial de desenvolver e manter uma direção estratégica que alinhe as metas e os recursos da organização com suas mutantes oportunidades do mercado.”

Nessa citação, Kotler afirma que planejar estrategicamente é estar alinhado com o mercado, observando as oportunidades, os resultados, os recursos disponíveis e os objetivos, fazendo das mudanças a chave para o sucesso. O planejamento estratégico é caracterizado por uma analise de dados internos e externos e sua perfeita execução depende de estar atento as nuances desses ambientes. Algumas mudanças são perceptíveis antes mesmo de acontecerem, por isso é importante estar bem informado. A qualidade da informação e da análise é quem determina o rumo do planejamento e algumas vezes do objetivo.
Dentro do planejamento estratégico existem outras subdivisões. A primeira é a tática, que se refere ao planejamento de departamentos específicos dentro da empresa, como marketing ou recursos humanos. A segunda é ainda mais específica ainda, diz respeito às ações internas dos departamentos, dentro do marketing por exemplo podemos ter ações de vendas, propagandas, ações virais, etc..
A integração desses três tipos de planejamento se dá pelo foco nas mudanças e nos objetivos da empresa.. Portanto, a análise das condições ambientais e estratégias mercadológicas envolvem o planejamento de marketing. O resultado desse planejamento é o plano de marketing, um documento escrito que embasa e dá coerência a todas as atividades que ocorrem no nível tático –a cada função de uma empresa-.

1.4 Plano de Marketing.
Seu propósito é estabelecer objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico geral da empresa. Somando os planos de cada departamento: financeiro, marketing, recursos humanos e de produção, teremos o plano estratégico. Portanto, o plano de marketing nada mais é do que o plano de uma célula da empresa.
Sua elaboração deve estar alinhada aos demais setores da empresa e subordinado as diretrizes da direção e aos resultados que pretendem ser atingidos a longo prazo. Logo o planejador em hipótese alguma deve desconhecer ou ignorar as demais partes e funções da empresa, porque todos os demais departamentos são afetados pelo plano de marketing. Suponhamos que seja determinado um elevado patamar de vendas. O departamento de produção talvez vai precisar de novas máquinas, e certamente de mais matérias primas, o de recursos humanos de contratações e treinamentos, e o financeiro por prover capital para todo o plano ser executado. Tudo isso deve estar explicito dentro desse plano, que ainda é subdividido em vários subplanos, chamados planos operacionais.
Esses subplanos são as divisões internas dentro dos planos, nesse caso o de marketing. Dentro dele encontramos o plano de vendas, propaganda, novos produtos e por fim merchandising. Esses planos operacionais de marketing determinam os pormenores de cada atividade. É importante detalhar para deixar bem claro o que se deve fazer, porque esse plano operacional irá subsidiar os próximos passos de todos os departamentos, que resultarão nas ações do plano operacional, que engloba toda a empresa.

1.5 A Importância do Plano de Marketing.
O plano de marketing é de salutar importância para as empresas, já que é fruto de um processo de planejamento. Um plano bem estruturado transforma a inovação, criatividade e a imaginação em lucro.
Para escrevê-lo é preciso estar sempre atento aos detalhes de cada atividade desenvolvida. Na criação de um novo produto por exemplo, deve-se pensar na embalagem, rótulo, marca, garantia, entre outros. Tudo deve ser cuidadosamente colocado no papel para que a empresa aloque e disponibilize os recursos necessários. Dessa maneira, a empresa saberá o que fazer e quando fazer, tomando decisões coerentes baseadas no plano.
O plano de marketing escrito também serve como um roteiro para possíveis comparações no futuro. Através dele pode se repetir a fórmula do sucesso ou entender as falhas e evita-las em futuras ações e planejamentos que tenham um ambiente semelhante.
Sua elaboração é o oposto do improviso, embora algumas vezes ele seja necessário em um mercado tão instável como o nosso. Como necessita de informações constantes e de qualidade , o hábito do planejamento consegue detectar mudanças ambientais, oferecendo novas alternativas de adaptação.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Vídeo sobre MPE

Pula negão!

O objetivo do nosso projeto é transformar realidades. Através de um estudo voltado para o nicho das micro e pequenas empresas, vamos detectar suas necessidades e propor soluções que permitam destacar o produto ou serviço no mercado. Essa mudança positiva vai propiciar o lucro, permitindo expansões e inclusões sociais através de geração de empregos.